Call centers, TI, máquinas e mais 17 setores devem ficar de fora de reoneração

16/05/2018

Call centers, TI, máquinas e mais 17 setores devem ficar de fora de reoneração
Folha de S. Paulo

Maria Cristina Frias, Mercado Aberto

Os setores de call centers, tecnologia da informação, têxtil, calçadista, couro, transporte de cargas e máquinas e equipamentos deverão permanecer com a desoneração da folha de pagamentos.

Esses são os principais, diz o relator da medida no Congresso, o deputado Orlando Silva (PC do B-SP), mas serão 20 os contemplados no total.

O deputado enviou ao Ministério da Fazenda uma minuta com a lista que ele entende que precisa manter no regime de tributação.

A pasta pretendia reduzir para três os segmentos beneficiados. Hoje, são 56.

O ministério, no entanto, já considera que terá de excluir da mudança um número próximo ao que o relator incluiu na minuta.

A política de desoneração teve início em 2011. Os setores autorizados podem deixar de pagar a contribuição à Previdência de 20% sobre a folha de pagamentos e recolher de 1% a 4,5% do faturamento.

A Fazenda ainda não recebeu da Receita Federal uma projeção de qual seria o efeito da exclusão desses 20 setores da reoneração no caixa da Previdência, apurou a coluna.

O Tesouro gastou R$ 16 bilhões para compensar a queda de arrecadação em 2017.

O governo estudou diversas maneiras de como fazer para voltar a cobrar a contribuição sobre a folha de pagamentos. 

Já pensou em incluir dez setores a cada ano, a começar com os que empregam pouca gente para terminar com os intensivos em mão de obra.

O deputado Silva afirma ter usado em sua minuta os critérios de forte competição externa, possibilidade de realocação para outro país (data centers, por exemplo) e intensidade do uso de mão de obra.

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