Fazenda sinaliza alternativa para refrigerantes Valor Econômico
Por Fábio Pupo Após decidir reduzir o benefício tributário da indústria de refrigerantes, o Ministério da Fazenda prometeu a executivos do setor estudar possíveis alternativas à medida. A alteração havia sido feita para compensar parcialmente o subsídio ao diesel - criado em meio à greve dos caminhoneiros -, mas gerou reclamações das empresas afetadas. O compromisso de voltar à análise do tema foi feito na semana passada, quando membros da Fazenda receberam representantes da empresas e ouviram o pedido para uma reconsideração nas mudanças. Não houve uma conclusão definitiva. Mas, conforme apurou o Valor, tanto a equipe econômica como as empresas do ramo se comprometeram a apresentar propostas para se chegar a um "meio-termo". Estavam na lista de presentes Bernardo Paiva, diretor-presidente da Ambev; Henrique Braun, diretor-presidente da Coca-Cola; e Fernando Pinheiro, diretor da Imperial. Nos últimos dias, a Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir) disse ter sido surpreendida com a medida, que na prática reduziu o crédito existente do Imposto sobre Produtos Importados de 20% para 4% para concentrados de refrigerante. A entidade estima que a redução "abrupta" do benefício poderia elevar em 8% o preço ao consumidor, diminuir o faturamento em R$ 6 bilhões devido à redução de 15% nas vendas, elevar a ociosidade nas fábricas de 35% para 50%, cortar 15 mil empregos diretos e acabar com o polo de concentrados de Manaus.
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